Triste Dia

Quando fez dois meses que o Paulo foi ao encontro do Rei, a minha saudade doía, como nunca pensei que fosse doer, e do fundo do meu coração escrevi este texto (pensei em publicá-lo naquele  dia, mas as minhas lágrimas não deixaram). O Paulo foi exemplo, e a sua presença me faz falta, é um buraco profundo que foi feito no meu pobre coração... Descrevi nessas palavras o dia em que ele se foi... Ai que saudades!!!!!!

Triste Dia

            Hoje o dia amanheceu mais triste, o sol não brilhou, está nublado, poucas nuvens, o vento sopra frio, não ouço o cantar dos pássaros. Oh Deus, o que está acontecendo? A natureza chora, sinto suas lágrimas em meu corpo em forma de gotas suaves, apenas gotinhas de água. Um pouco mais e sinto meu corpo padecer, com dores no coração, aperto na alma, os olhos cheios de lágrimas que escorrem no rosto fazendo trilhas de agonia, finalmente encontro a origem de todo sofrer, e na emoção desesperada minha boca grita: meu amor morreu! Meus sonhos foram sepultados, o sorriso pediu passagem para não voltar, e os sons suaves das cordas do violão ficaram presos compilados nos CDs.

            Agora sei o real sentido da palavra saudade, não queria saber, não queria sentir... Ele se foi e me deixou aqui na solidão das palavras, das melodias não terminadas, mergulhada nas lembranças de um amor que foi eterno enquanto a morte não separou, não destruiu... Ele foi dedilhar as notas musicais para os anjos para mim restou dias tristes como esse, onde o sol não brilha e o calor não me aquece...

            O tempo passa, a saudade aumenta, na memória estão os bons momentos, as conversas intermináveis, as piadas sem graça que riamos mesmo assim, as canções entoadas a dois, o perdão necessário, o carinho infinitamente refletido nos olhares. Lembranças que invadem meus pensamentos como enxurradas, e me fazem rir, mas logo em seguida me deparo com o real e choro, pois sei que estou sozinha na escuridão do meu quarto.  

Aline Mendes